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Fala terráqueos! Como vão vcs? Vcs estão bem? Eu tô cansada, fiquei acordada até três da manhã me entupindo de café e estudando para fazer duas provas online… Mas valeu a pena porque eu tirei 10 nas duas provas… Yay! E semana que vem eu tenho prova de concurso e eu não estudei porcaria nenhuma… vai ser um fiasco!!!

Meus irmãos sempre me falam, ahhhh mas vc é inteligente, vc nem tem que se esforçar muito para tirar nota e bábláblá… Não é bem assim não. Ser inteligente é uma coisa, se sair bem num teste, numa prova, num trabalho escolar não tem nada  a ver com inteligência muitas vezes. E eu ralo pra caramba sim (às vezes hahahahaha) para tirar uma nota boa (especialmente quando eu não gosto da matéria).

Todo mundo tem aquela matéria da escola, faculdade, curso… que ama e que sempre se destaca e tem também aquela matéria que vc detesta e que por mais que vc estude a danada vc sempre fica com uma nota mais ou menos. É normal… e novamente, não tem nada a ver com inteligência. Ás vezes vc tirou uma nota ótima, a nota mais alta, mas vc não manja nada daquela matéria e dois dias depois vc já esqueceu tudo que vc tinha escrito na prova. Vc simplesmente decorou um monte de conceitos para aquele evento. Não ficou nem resquício daqueles conceitos todos na sua lembrança.

Eu perdi a conta das vezes que eu fiz isso, literalmente decorei alguma coisa só pro dia da prova de uma matéria que eu não gostava porque eu sabia que precisava ir bem naquela prova porque certamente seria difícil me recuperar mais para frente no ano letivo. Às vezes vc nem estuda a matéria, vc estuda o professor, depois de algumas provas com o danado vc sabe muito bem o que ele quer que vc faça e vc começa meio que roboticamente responder as coisas de uma forma que vc sabe que vai agradar o professor e vc vai tirar uma nota boa.

Enfim, são muitos anos nessa vida de estudante hahahahaha. Muitas vezes boas notas é mais questão de esperteza, de estratégia e de jogo de cintura do que de inteligência gente… Quer ver… eu vou contar um ‘causo’ aqui para vcs que aconteceu comigo quando eu estava cursando a Faculdade de Direito Civil. Tivemos muitos bons professores lá na faculdade e alguns professores nem tanto… e então, tivemos um professor de Direito Civil que era ótimo, acho que o nome dele era Roberto… não me lembro o sobrenome dele… mas também não vem ao caso. 

Eu sempre me impressionava com o vocabulário do homem. Ele manjava muito da matéria, ele sentava lá e falava duas horas direto e vc tinha que anotar o que ele falava, e no final da aula ele tirava as dúvidas que poderiam surgir. E ele fazia assim porque ele é deficiente visual. Então ele não colocava matéria no quadro e ele tinha uma assistente que ficava sentada ao lado dele anotando tudo o que ele falava.

Então um dia ele passou um trabalho para a sala que valeria metade da nota do semestre (se eu não me engano). Mas, era um trabalho daqueles que vc escrevia um ensaio e entregava para a correção, ele era devolvido para vc com comentários e vc tinha que ‘arrumar’ o que o corretor achou que não estava legal. E eu fiz o primeiro rascunho do trabalho… eu demorei dois finais de semana inteiros para fazer e eu gastei meu português no danado do texto e entreguei para a correção no prazo. E uma semana depois eu recebi o meu trabalho de volta.

E o comentário que eu recebi… cara a cara da Assistente do Professor foi bem assim: “Olha, suas idéias são boas mas a sua redação é sofrível!” – eu fiquei estupefata… sério!!! Sofrível???!!! Cara, tá certo que eu não sou nenhum Machado de Assis, nenhuma Clarice Lispector… mas daí a dizer que minha redação é sofrível??? Eu fiquei me questionando, mas gente… o que é que pode estar sofrível na minha redação? O que foi que eu escrevi tão mau escrito que fez a pessoa sofrer ao ler?

Quando eu voltei para casa eu fui ver os comentários da correção no meu trabalho, e eu reparei que todos os trechos grifados, circulados como incompreensíveis eram os que tinham expressões com uma linguagem mais técnica e mais complexa… Tipo em vez de eu dizer a cobra passou pelo meio das pedras eu escrevi a víbora cruzou por entre as rochas… a mesma coisa, mas escrito de um modo mais formal. E então eu fiquei, mas gente… o professor usa esses termos na aula, como é que ele não entendeu isso aqui???

Foi então que eu percebi o meu erro… eu escrevi aquele trabalho para o meu professor que gastava o português dele nas aulas, que tinha decorado os Aurélio e o Houais juntos e que manjava de língua portuguesa, mas… quem tinha lido o meu trabalho e feito os comentários e graduado era a assistente dele, que eu não sabia nada sobre o background da pessoa. Eu não sabia a formação dela, eu não sabia nada… então eu pensei… será que ela não entendeu o que eu escrevi porque eu usei palavras muito formais? Ahhh quer saber? Vamos fazer uma experiência hahahahahaha…

Eu peguei o trabalho e todas as partes que ela tinha circulado, eu reescrevi, mas da segunda vez eu reescrevi usando termos mais coloquiais, mais simples. Meus amigos falaram, vc é doida vc vai jogar sua nota lá no chão… blábláblá… mas mesmo assim eu resolvi arriscar e entreguei a nova versão “melhorada” do trabalho. Uma semana depois eu recebi o trabalho de volta e quando ela chamou meu nome eu fui lá buscar o trabalho ela vira para mim e diz: “Viu como vc podia fazer melhor? Sua redação melhorou 200%!”. Eu agradeci o Feedback dela e voltei pro meu lugar… meus amigos estupefatos hahahahaha.

E eu efetivamente aprendi alguma coisa com esta ‘professora’ eu aprendi que antes de escrever o que quer que seja, especialmente trabalhos de faculdade, de escola em geral, vc tem que saber para quem vc está escrevendo. Vc tem que conhecer o seu público. Eu escrevi a primeira versão do meu trabalho para o meu professor… mas não era ele quem estaria lendo aquela produção textual. Ou seja, não adianta vc gastar o seu vocabulário se a pessoa que vai ler não compreender o que vc está querendo dizer com aquele monte de palavras difíceis.

Aqui no blogue eu raramente me preocupo com a forma com a qual eu estou escrevendo. Eu aqui escrevo para mim mesma, não para os outros… se outras pessoas entrarem aqui, lerem meus textos e curtirem… obrigada!!! Mas sério… na boa, eu escrevo para mim mesma. Sabe aquela máxima ‘para se divertir de verdade dance como se ninguém estivesse te olhando’? Eu aplico ela aqui… eu escrevo aqui para me divertir e eu escrevo como se ninguém pudesse ler… eu escrevo para mim mesma. E às vezes eu escrevo errado, eu esqueço de ver se eu cometi algum erro de digitação, eu escrevo descompromissadamente.

Vou terminando este post por aqui… Mas… antes de terminar este post eu vou fazer um pouco de propaganda do meu novo blogue o “Estante da Shao”. Cliquem no link conheçam meu trabalho, meus textos, meus contos, meus poemas. Toda a sexta-feira teremos texto novo e inédito para vcs… Ou um conto ou um poema, ou de repente um trecho de uma história que eu esteja escrevendo. Participe e divulgue esse meu novo projeto se vcs curtirem…

See you guys around the corner
Shao