Legal… acabei de perder um post inteirinho porque essa meleca de WordPress deu pau e não salvou nem rascunho do post… pior que tinha ficado bacana, acho que um dos posts mais bacanas dos últimos tempos. E é claro que eu não vou lembrar exatamente de tudo o que eu postei antes, então este post vai ser um resumo bem salário só de raiva. Mentira… vou tentar recuperar o que eu tinha escrito. Felizmente eu tenho boa memória quando se trata dos textos que eu escrevo. Várias vezes eu tento escrever um texto de forma diferente para ver se fica melhor e quando eu vou comparar com a versão anterior está exatamente igual. Certas palavras se encaixam… não tem como.
Bom, so here we go again. Espero conseguir recuperar a ideia geral do post. Então, ontem nosso passeio no MASP acabou virando um tour pela cidade de São Paulo… por vários pontos legais da cidade de São Paulo… saímos de casa cedo, fomos no MASP ver a exposição do Caravaggio. Tinham poucos quadros do Michelangelo Da Merisi, conhecido como Caravaggio… uns quatro ou cinco quadros mais a peça da Medusa, que eu sinceramente não sei se é um afresco ou um escudo sei lá… de qualquer forma ele era o mais famoso exposto lá, todo protegido por uma redoma de vidro. Como eu temia estava lotado. Afinal de contas ontem e hoje foram os últimos dias desta exposição em Sampa. Não sei se ela vai para outras cidades do Brasil, mas se ela for vale a pena conferir.
Felizmente o pai foi com a gente, Cezar não quis ir, fomos só Carlos e eu e o pai e por causa dele (do pai) não pegamos a fila imensa que estava lá ocupando todo o vão do MASP, esperando para entrar para ver as obras. Chegamos, pai comprou os ingressos para nós, ele entrou de graça o engraçadinho. Estou seriamente revendo minha posição sobre morrer jovem. Idosos tem vantagens em ingressos pra tudo que é coisa hahahahaha. Anyway… entramos na frente de todo mundo, vimos as obras… lindas, apesar de não serem as mais famosas, minha favorita é o Narciso, mas acredito que essas obras fazem parte de coleções particulares. Tinha três tipos distintos de de pessoas lá dentro um bando de gente idosa que aparentemente só entrou para sentar nos banquinhos espalhados pelos corredores das salas. Uma galera que devia ser estudante de artes e estavam certamente estudando as obras ou fazendo anotações para algum trabalho ou relatório de faculdade, e uma galera que estava lá só pra fazer uma pose tipo Ohhh eu entendo de arte, eu sei a história da vida toda do Caravaggio… eu sou o bom blábláblá.
Do lado de fora, tinha uma molecada que não fazia a menor ideia de quem era o artista e aparentemente estavam lá porque não tinham nada de melhor pra fazer e é tão chique andar no MASP e na Paulista. Depois de lá ( foi mais divertido para mim do que para o Carlos e para meu pai) resolvemos dar uma voltinha no Parque Trianon-Masp. Fazia tempo que eu não entrava naquele Parque. Anos na verdade. Acho que a última vez foi nos anos 90 quando eu fui aprovada na primeira fase do concurso do TRT-SP… foi um dia triste… mas não vem ao caso. Fizemos uma caminhada boa, lá dentro do Parque… depois de lá fomos tomar um café na Starbucks… pai experimentou café gelado deles e acho que não gostou muito hahahaha.
Depois fomos andar pela Avenida Paulista, andamos a avenida quase toda, vendo os prédios e especialmente os prédios antigos, vários tombados e alguns que precisam de um sério trabalho de restauração. Como sempre a Avenida Paulista é linda. Toda a vez que vamos lá o Carlos faz questão de lembrar que ele é o mais paulistano dos paulistanos porque ele nasceu na Avenida Paulista na Maternidade São Paulo. HAHAHAHAHAHA. Um barato… Depois descemos pela Avenida Consolação. Um monte de lojas bacanas. Passamos em frente ao cemitério da Consolação, tem umas celebridades enterradas lá, mas não achamos boa ideia entrarmos lá para fazer turismo porque o local é famoso pelos assaltos, se bem que do jeito que o Carlos estava vestido como um Skin Head pós apocalíptico ninguém nem sequer olhou pro nosso lado.
Da Consolação direto para a Praça Rooselvelt, que a Prefeitura reformou inteirinha e gastou (Pasmem!) mais de 50 milhões de reais nessa reforma. Ficou bonita a praça… ficou bacana. Mas vc olha e pensa, mano, 50 milhões ??? Como é que vc gasta tudo isso com um punhado de grama, terra e cimento? Esse nome Praça Rooselvelt me lembra muito a minha mãe porque eu me lembro, que quando eu era criança eu uma vez perguntei pra ela "Mãe… o que é Rooselvelt?" eu li exatamente como se escreve, ela riu e disse: "É Rúsvel (escrevendo como ela disse) não se diz Rooselvelt. Rúsvel foi um Presidente do país" mas a história ficou. Acho que minha mãe sempre ficou de cabelo em pé com as perguntas sobre palavras que eu fazia para ela. De lá fomos descendo pelo centro, passamos em frente do Edifício Copan projetado pelo Nyemayer. E meu pai contando as histórias do tempo do onça hahahahahaha. De lá fomos para a Estação Júlio Prestes e depois para a Estação da Luz e para o Parque da Luz, tínhamos intenção de ainda ir no Museu da Língua Portuguesa e na Pinacoteca mas a minha Glicemia caiu então resolvemos deixar pra outra vez e voltar para a Zona Leste e almoçar.
Nisso já eram umas três horas da tarde. Nosso passeio nos fez caminhar fácil uns 20km… são uns cinco quilômetros da Paulista até a luz pelo caminha mais curto, mas fizemos o mais longo. Isso sem contar as trilhas todas que pegamos dentro dos dois parques e os passeios dentro da estação Júlio Prestes e da Estação da Luz. Fiquei feliz por ter voltado a praticar exercício. Carlos sedentário ficou reclamando que estava cansado. HAHAHAHAHAA. Pegamos o metrô na linha amarela, eu ainda não tinha andado na Linha Amarela que funciona sem maquinista. Bem bacana, tudo muito moderno, quem dera todo o Metrô de São Paulo fosse assim. Fizemos baldeação na República e pegamos a linha vermelha de volta pra casa. Fomos almoçar no Bracia, restaurante favorito do meu pai no Shopping Boulevard Tatuapé. Cezar e a namorada se juntaram a nós para almoçar. Depois o pai e os meninos quiseram ver o desenho "Hotel Transilvânia" acabamos assistindo a pré-estréia… foi bacana. Tinham poucas crianças na platéia porque a versão do desenho era legendada.
Eu até estava afim de dar uma volta pelo Shopping depois, mas meu pé estava doendo e o Carlos estava reclamando que estava cansado. Fora isso o Cezar tinha um aniversário do filho do irmão da igreja pra ir. Chegamos em casa cedo, umas sete e meia da noite, eles foram para o aniversário. Eu queria aproveitar o restinho de noite e lavar a minha roupa, mas o Cezar tinha que lavar o uniforme dele primeiro. Enquanto a máquina lavava eu terminei de ler as últimas vinte páginas de "Stone of Tear". Resolvi continuar lendo a saga "Sword of Truth" até mesmo porque o volume três "Blood of The Fold" é mais curto… e terminou interessante o final do volume dois.
Preciso voltar a ler o tanto quanto eu lia anteriormente. Antes a desculpa era o cansaço da faculdade, depois eu fiquei com preguiça mesmo e preferia passar meu tempo livre dormindo mesmo… Vou ler pelo menos um ou dois capítulos por dia, quero ver se eu consigo ler pelo menos um livro, quem sabe dois, por mês. E a partir do ano que vem eu quero retomar meu ritmo anterior, de três ou quatro livros por mês. Tenho uma pilha de livros não lidos nas minhas prateleiras e mais uma pilha que precisam ser relidos. Sempre é bacana reler uma obra que já conhecemos, sempre acabamos enxergando coisas que não vimos ou deixamos passar despercebidas da primeira vez que lemos.
Ontem de tarde quando estávamos esperando o Cezar chegar no shopping para podermos almoçar, eu fui checar o twitter e descobri que a galera toda estava comentando que a Hebe tinha morrido. Eu não era fã dela, nem assistia o programa, não gostava na verdade… Mas fiquei bastante contristada com a morte dela. Deve ser porque desde que a minha mãe morreu, toda vez que um conhecido morre devido ao câncer eu levo para o lado pessoal. Eu já tinha acordado meio triste hoje de manhã. Acordei morrendo de saudades da minha mãe. Enquanto estávamos esperando o pai chegar na estação Patriarca estávamos conversando sobre saudade. E eu disse para ele que saudade era uma coisa maldita mesmo, porque ter saudade de uma pessoa que você ama é como ter fome ou sede e não ter nem comida nem água. E ele me disse que eu era a segunda pessoa que falava isso pra ele.
Hoje eu acordei mais triste ainda, deve ser porque eu vi uma cena antes de ir dormir, do filho da Hebe no velório da mãe dele e me identifiquei muito porque eu sei o que ele estava sentindo. É um vazio, perder a sua mãe… não tem como explicar de outra forma, é um vazio enorme, como se houvesse um buraco negro dentro do seu peito, um buraco negro que suga toda as coisas alegres e te deixam apenas com uma dor e uma tristeza incomensuráveis dentro de você. O seu chão não existe mais, sua função no mundo é só se sentir um nada, se não fosse a dor que se sente, como se tivessem arrancado de você uma parte tão vital que todos os seus outros sentidos ficam inativos, é só aquela dor imensa te engolindo e nada pode cicatrizar, nada no mundo pode fazer parar de doer.
Alguns vão dizer, ahhhhh mas Shao, a Hebe viveu bem mais que a sua mãe… verdade, uns trinta anos a mais pelo menos. E minha mãe não tinha a mesma grana dela, nem as mesmas condições de tratamento que ela. Eu procuro não pensar nisso, eu prefiro acreditar que cada uma delas veio aqui para este mundo, viveu o tanto que tinha que viver e tocou, cada uma do seu jeitos, as pessoas que as conheceram e fizeram a diferença na vida dessas pessoas. Eu não tenho parâmetros para comparar, eu não sei o que é mais difícil, se é que existe como comparar isso, se é perder a sua mãe quando ela ainda é jovem, se é mais difícil a separação quando vc teve ela mais anos na sua vida. Se é mais dolorido para o filho que já tem uma família constituída ou se é mais dolorido para o filho que ainda mora na casa da mãe. Se depende do vínculo existente entre mãe e filho. Como eu disse, não há como saber. A única coisa que dá pra saber é que cada um sabe da sua dor e mais nada…
Eu sei que em alguns dias, eu dói graças a Deus pelo nosso sistema respiratório funcionar no piloto automático, porque tem dias que seria tão mais fácil não levantar da cama e deixar a depressão tomar conta. Seria tão mais fácil não ter que respirar. A saudade é como um câncer em estado avançado, dói demais e nem mesmo uma dose cavalar de morfina pode amenizar a dor. Nenhuma quimioterapia pode curar. O único remédio é realmente não ter mais que respirar.
Minha mãe costumava dizer que o verdadeiro viúvo é aquele que morre porque as outras pessoas que ficavam vivas eventualmente superam a morte do ente querido e dão continuidade às suas vidas. O que talvez ela não soubesse é que as pessoas continuam com as suas vidas porque elas simplesmente não têm outra alternativa. Não se morre de tristeza nem de saudades, isso agora eu sei. Pelo menos nem todas as pessoas que sofrem uma perda de alguém que amam. Algumas pessoas, algumas que são mais sensíveis, elas podem sim morrer de tristeza, morrer de saudades. Felizmente, ou infelizmente não sei, eu não sou uma dessas pessoas. Nesses dias, como o de hoje, que eu acordo com uma tristeza tão grande que parece que não cabe dentro de mim, que tudo o que eu queria realmente era ficar quietinha, encolhida num cantinho esperando parar de doer… mas não para nunca, a gente só continua vivendo para ver se de repente um dia dói menos.
Desculpem-me galera, não tinha a intenção de desabafar as minhas tristezas em vocês (mentira, tinha intenção sim, na primeira vez que eu escrevi o post eu não tinha, mas agora na segunda vez eu fiz de propósito … quer dizer, mais ou menos, eu estava simplesmente recriando o primeiro post, mas não posso dizer que foi por acidente ou que foi um desabafo espontâneo). De qualquer forma, esse post já ficou bem maior do que eu havia planejado e já me fez chorar, mas também me fez sentir, estranhamente, um pouco melhor.
Preciso terminar de arrumar minhas coisinhas aqui em casa porque a semana prometer ser agitada, começo de mês, tanta coisa para fazer. Tenho que planejar as aulas, o projeto do primeiro módulo das aulas de inglês que eu me dispus a lecionar pra galera da Prefeiturolândia, quero ver se eu consigo fazer isso até o final de semana, preciso correr uns quilômetros (ainda hoje), terminar de lavar a roupa e me preparar para a semana de trabalho. Espero não estar abraçando mais do que minhas mãos podem carregar com essas história de ensinar inglês pra galera da Prefeiturolândia. Deus me ajude a dar conta de tudo o que eu tenho para fazer, vou tentar chegar mais cedo no trampo amanhã.
Isso sem falar que meu querido primo Acacius Est me pediu para acordar cedo no Sábado para ir ao Cartório Civil com ele assinar alguma coisa e levar umas cópias dos documentos pro dia do casamento. Fosse qualquer outro primo eu ia falar: WTF??? ARE YOU CRAZY??? Acordar cedo, antes do meio dia Sábado é sacrilégio para a tia Shao. Entretanto para ele eu faço de boa uma concessão. Para ele e para meus irmãos e para alguns poucos e queridos amigos. Só acordo cedo no Sábado para compromissos que não posso evitar e para pessoas especiais.
E para ajudar, domingo é o dia da eleição municipal para Prefeitos e Vereadores. Bora acordar seis e meia da manhã para estar sete horas na escola, na sessão eleitoral para trabalhar mais um dia para o TRE. Beleza… Cezar nesse dia vai no show do Evanescence… ainda bem que eu não estava muito afim de ir no Show do Evanescence, senão ia ficar muito chateada de ter que trabalhar na eleição. Mas o TRE é minha prioridade, vou trabalhar pra Justiça Eleitoral até eu passar no concurso para técnico do TRE. Acho que daqui uns quatro anos… investimento a longo prazo. Bom, por hoje é só amiguinhos, vamos aguardar o que o mês de outubro traz para nós, que sejam coisas boas.
See you guys around the corner
Shao