Fala terráqueos como vão vcs? Cês tão legais? Como tá a vida de vcs? Tá Boa? Tá ruim? Tá coisada que nem a minha? Espero que não… Eu nem posso reclamar, na verdade, eu posso sim reclamar, todo mundo pode… e a gente sempre reclama de tudo não é mesmo? Então eu vou dizer que eu tô legal…
Cara, deixa eu dizer para vcs, desde que eu tive o coronga, a variante ômicron, eu tenho, de vez em quando umas crises de tosse do nada… tipo tosse alérgica sabe? Tem dias que eu tô de boa, e tem dias que olha… eu fico com crise o dia todo. Uma vizinha minha que teve a primeira versão do vírus tá com o mesmo problema, e ela teve no começo da pandemia. Meu irmão também… a gente não sabe quais consequências esse vírus vai trazer pros organismos da gente a longo prazo. Mas parece que crises de tosse alérgica são um dos muitos sintomas do covid prolongado… que podem ficar por muito tempo, e que podem nunca ir embora. Eu vi uma reportagem de gente que perdeu de vez o olfato, o paladar e de pessoas que não conseguem comer quase nada porque sentem cheiro de podre em comidas que antes elas amavam.
Então eu nem vou reclamar da tosse, porque… podia ser muito pior… milhares de pessoas no Brasil, mais de um milhão no mundo morreram, eu não passei nenhum sintoma grave. Então, graças a Deus, o que é uma tosse de vez em quando pra quem tem que tomar seis injeções de insulina todos os dias pra poder sobreviver né? Nada que um antialérgico, litros de água, bala de menta e xarope não resolvam.
Não consegui escrever tanto quanto eu gostaria hoje, aqui para o blogue, mas apesar dos pesares foi um dia proveitoso. Mas, como sempre nem era disso que eu queria falar no texto de hoje. Eu fui até a padaria de manhã, comprar pão… eu raramente vou à padaria, meus irmãos vão… não eu não sou folgada, algumas tarefas aqui em casa tem especificidade. Eu quem sempre cozinho, então eles que sempre vão na padaria e levam o lixo. Simples assim. Então lá estava eu, logo cedo na padaria… o que é raro… e mano, eu estava na fila esperando a minha vez quando eu olhei de relance para a área que fica o balcão da padaria, onde as pessoas tomam café, comem um lanche, e sempre tem uma galera lá também sentada, tomando cerveja.
E eu repito, sempre tem gente bebendo nessa área. Tem uns caras, que todo mundo já conhece porque não importa o dia da semana, a hora… se vc for até a padaria o sujeito tá lá. Meu tio chamava esses caras de os bebuns habituais. E assim, é tão comum essa cena que a gente raramente repara nessas pessoas. A gente entra, compra o que tem que comprar, paga no caixa e vai embora sem um segundo olhar. Como a maioria das famílias… na minha tem o tio cachaceiro também… e eu me lembro de quando eu era criança, a minha vó ir às vezes, buscar meu tio no bar, ou no balcão da padaria… assim todo torto de tão bêbado. E algumas vezes eu fui com a minha mãe buscar a minha vó na porta do bar porque dava treta… Ela lá gritando com o filho dela, e ele gritando de volta e minha mãe tentando arrastar ela pra casa… barraco… enfim… quem nunca?
E eu lembro de nessas ocasiões, olhar para os caras lá… nos balcões e me perguntar: Esses caras não tem casa? Não tem família? E claro… eles tinham. Assim como meu tio. Tinham mãe, pai, esposa, filhos… Com o passar do tempo minha questão evoluiu para: Essa galera não consegue ficar em casa? Não gosta de ficar em casa? Mas eu me fazia esse questionamento porque eu amo minha família, por mais torta que ela seja. E eu amo ficar em casa… então me era completamente incompreensível a atitude dessas pessoas.
Mas, hoje do alto da minha cada vez mais avançada e inevitável velhice eu me debruço sobre outros questionamentos. Por cima das minhas próprias questões até. E eu vejo que a pergunta certa deveria ser… Por quê essas pessoas preferem o bar, a cachaça? O que os move para longe de casa, da família? É fácil julgar as pessoas pelos nossos parâmetros… entender o que se passar na cabeça de cada um é mais difícil.
Quantos bebuns de balcão de bar tem por aí? O que transformou esses caras nessas pessoas? O que empurrou eles pra esse vício. Às vezes nem eles sabem a reposta. Eu me lembro do meu tio, ser um cara tão legal… ele era aquele cara que nem bebia, ele passava todos os finais de semana cuidando do carrinho dele, com a mulher e os filhos, ele tinha um bom emprego… era um cara talentoso e inteligente. Então um dia, sabe lá Deus porquê o casamento dele acabou e ele começou a beber nos finais de semana… era todo final de semana enchendo a cara…
Depois passou a beber todos os dias depois do trabalho, depois era o dia todo… perdeu vários empregos, não porque ele não trabalhasse bem, mas porque quando ele bebia ele dava escândalo. Queria brigar com todo mundo. As pessoas começaram a se afastar dele, começou a usar outras coisas… outras drogas… hoje ele é uma sombra do cara que eu me lembro, que levava a gente pra dar rolê de moto, ouvia rock com a gente no Walkman, colocava Raul Seixas pra tocar no rádio do fusquinha… jogava futebol com a gente na rua e ficava em casa o final de semana todo. Quando ia para a praia levava todos os sobrinhos, tomava conta de todo mundo… Eu lembro disso e fico triste, quando isso tudo se perdeu? Tem como a gente trazer de volta? Infelizmente geralmente não é tão simples…
Vou terminando por aqui… Espero ver vcs no próximo texto! Se vc curtiu o texto clique aí na estrelinha, compartilhe com seus amigos e se vc também tem um blogue, deixa aí embaixo nos comentários que eu adoraria conhecer o blogue de vcs!
Abraços, Shao.
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